O mês de março é marcado por um período de atenção especial à saúde, pois é o março lilás, destinado à conscientização da prevenção do câncer de colo do útero. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), com exceção do câncer de pele não melanoma, o câncer de colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
O que é o câncer de colo do útero?
Também chamado de câncer cervical, o câncer de colo do útero é causado por uma infecção persistente dos subtipos oncogênicos[1] do Papilomavírus Humano (HPV), mais especificamente o HPV-16 e o HPV-18.
A infecção por esse vírus ocorre com frequência, entretanto na maioria das vezes não causa doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (2022), aproximadamente 80% das mulheres com vida sexual ativa poderão contrair o HPV ao longo de suas vidas. Cerca de 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos subtipos 16, 18 ou ambos. Porém, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (2010), a incidência anual de casos de câncer de colo uterino é de 500 mil. Logo, é possível observar que poucos casos de pessoas com HPV evoluem para o câncer.
Prevenção
A transmissão ocorre através das relações sexuais. Por isso, é de extrema importância o uso de preservativos (camisinha feminina ou masculina) durante a relação sexual. Além disso, é importante a vacinação de meninas e meninos contra o HPV, uma vez que esse vírus está relacionado também com outros tipos de cânceres além do câncer de colo do útero.
O exame preventivo (Papanicolau) também é extremamente importante e deve ser feito periodicamente na faixa etária de 25 a 60 anos, a fim de garantir a saúde das pessoas com útero e de identificar precocemente uma possível infecção pelo HPV.
Sintomas
O câncer de colo uterino não apresenta sintomas na fase inicial. Entretanto, nos casos avançados, pode ocorrer sangramento vaginal, secreção vaginal anormal e dor abdominal.
Como é feito o exame Papanicolau?
Inicialmente, para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido também como bico de pato);
O médico fará uma inspeção visual no interior da vagina e do colo do útero;
Em seguida, o profissional fará uma pequena escamação da superfície externa e interna do colo uterino com uma espátula de madeira e uma escovinha;
Por fim, as células colhidas serão colocadas em uma lâmina para a análise em laboratório especializado.
[1] Subtipos Oncogênicos: subtipos capazes de causar câncer.
Referências bibliográficas
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Instituto Nacional de Câncer. Câncer do colo do útero. In: Tipos de Câncer. [S. l.], 18 nov. 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero. Acesso em: 4 mar. 2022.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Câncer do colo do útero: O câncer do colo do útero apresenta relação direta com a infecção pelo vírus HPV. Se tratado precocemente, apresenta grandes chances de cura.. In: MUNDO EDUCAÇÃO. Doenças: Câncer. [S. l.], 5 mar. 2022. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/cancer-colo-utero.htm. Acesso em: 5 mar. 2022.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) ; ICO Information Centre on Human Papilloma Virus (HPV) and Cervical Cancer. Human papillomavirus and related cancers in Brazil. Disponível em: https://www.who.int/hpvcentre. Acesso em: 04 mar 2010.
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